Pesquisa revela que mais da metade das mulheres já sofreram violência política.


    Em pesquisa realizada pela "Políticas de Saia", revelou que pelo menos 51% das mulheres já sofreram algum tipo de violência política, esse mapeamento foi realizado em todo país. Os dados da análise que foram divulgados, pelo Instituto Justiça de Saia e o projeto Justiceiras, foi um levantamento inédito e que evidenciou o grande desafio para inserção de mulheres na política. De todas as participantes da pesquisa, menos de 20% já se candidatou a algum cargo e mais de 80% delas não foram eleitas. Além disso, as mulheres apontam a falta de apoio dentro dos partidos políticos para que elas possam participar do processo eleitoral.

Desde que a pesquisa teve início, mais de 1.200 mulheres responderam ao questionário. A pesquisa continuará aberta até outubro de 2022 para o recolhimento de mais dados. De acordo com a promotora de justiça e presidente do Instituto Justiça de Saia, Gabriela Manssur, os dados revelados não foram nenhuma surpresa, só refletem o que já é sabido, porém, são importantes para a cobrança de políticas públicas que possam mudar este cenário. "Esses resultados já eram esperados, eu só queria colocar no papel. Quando você fala e não apresenta dados você não consegue o impacto necessário. Esses dados são necessários para que nós possamos pleitear a quem nós temos que bater nas portas: sem dúvida nenhuma, os líderes de partidos que precisam se comprometer", destaca.

    Faltando menos de um ano para as próximas eleições, hoje, somente cerca de 14% dos parlamentares são mulheres. Nos 26 estados e DF, somente há uma governadora. Em 2020, pelo menos 900 municípios não elegeram nenhuma vereadora e não há sequer uma pré-candidatura feminina anunciada ainda para a Presidência da República. De acordo com a União Interparlamentar (UIP), dentre 192 países, o Brasil aparece na 142° colocação do ranking de participação de mulheres na política nacional.


Violência política

    De acordo com a pesquisa, mais da metade das mulheres já foram vítimas de preconceito ou discriminação no ambiente político. Entre as violências relatadas estão ofensas morais e xingamentos, exclusão de algum espaço público, ameaça, ataque sexual, fake news, agressão física e invasão de redes sociais. Ao todo, 41% das participantes relataram que já foram interrompidas em sua fala. Um exemplo claro de casos omo esse foi durante a CPI da Covid. Em maio, a senadora Leila Barros (PSB-DF) foi interrompida várias vezes pelo senador governista Marcos Rogério (DEM-RO) e ainda foi chamada de "nervosa". Já a senadora Simone Tebet (MDB-MS) foi interrompida várias vezes pelo ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, durante o depoimento dele, e chamada de "descontrolada" pelo ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário

    Este ano, a violência política contra a mulher foi normatizada pela Lei nº 14.192, que passou a considerar a questão como crime eleitoral. Apesar disso, as denúncias ainda são poucas, quase todas não chegaram a reportar a violência às autoridades competentes. Entre os motivos, estão a falta de confiança na Justiça e o não conhecimento de canais de denúncias.

    Gabriela ressalta que, por isso mesmo, a importância que casos de violência política sejam punidos, pois isso incentivará que as mulheres denunciem. Ela destaca o canal de denúncias do projeto Justiceiras e tentativa de criação de um ouvidoria de atendimento à mulher em todas os tribunais regionais eleitorais.

Brancos dominam representação política, aponta grupo de trabalho do Senado.

 


    Devair Sebastião Nunes, membro do Grupo de Trabalho de Afinidade de Raça e do Comitê Permanente pela Promoção da Igualdade de Gênero e Raça do Senado, durante o lançamento do Observatório Equidade no Legislativo.

    A baixa representatividade étnico-racial e de gênero é uma das características históricas da sociedade brasileira. Nos três Poderes da República, homens brancos predominam em cargos de gestão e comando. A avaliação é do Grupo de Trabalho de Afinidade de Raça e do Comitê Permanente pela Promoção da Igualdade de Gênero e Raça do Senado Federal, coordenado pelo assessor legislativo Henrique Salles Pinto.

    O grupo é responsável pela elaboração do Observatório Equidade no Legislativo, lançado durante sessão especial promovida pelo Senado nesta sexta-feira (26).

    Quando se analisa apenas o Poder Legislativo nacional, o grupo apresenta os seguintes dados sobre o Senado: na legislatura corrente (56º), foram eleitos apenas quatro senadores homens que se autodeclararam negros: Romário (PL-RJ), Weverton Rocha (PDT-MA), Mecias de Jesus (Republicanos-RR) e Paulo Paim (PT-RS).

    No caso da Câmara, entre os 513 deputados federais eleitos, há 436 homens e 77 mulheres. “São 27 deputadas a mais do que na legislatura anterior, o que representa um avanço tímido (aumento da representação feminina de 10% para 15%), conquanto ainda seja insatisfatório, caso se considere o fato de as mulheres serem a maioria da população brasileira, representando 51,5% do total, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)”, informa o grupo de trabalho.

    Quando se analisa a composição étnico-racial dos deputados federais eleitos para a 56ª legislatura, 125 autodeclaram-se negros (104 pardos e 21 pretos), o que corresponde a 24,3% do total. Os brancos chegam a 75%.

    “A composição étnico-racial nos outros Poderes da República é ainda mais preocupante. No Judiciário, mais especificamente no Supremo Tribunal Federal (STF), há apenas duas mulheres e nenhuma negra ou negro entre os onze ministros da corte. No Superior Tribunal de Justiça (STJ), composto por 33 ministros, há apenas seis ministras, das quais nenhuma é negra, e apenas um negro, o ministro Benedito Gonçalves. A baixa representatividade étnico-racial e de gênero nas lideranças de instituições brasileiras é, portanto, evidente e deve ser mais bem compreendida para que seja superada. O observatório elaborado pelo Grupo de Trabalho de Afinidade de Raça e pelo Comitê Permanente pela Promoção da Igualdade de Gênero e Raça do Senado Federal tem o objetivo de contribuir para a referida superação”, destaca o grupo de trabalho.

Fonte: Agência Senado

Aliança entre Raquel Lyra e Anderson Ferreira a cada dia mais forte. “O que nos une é muito maior do que o que nos separa”, fala Anderson Ferreira sobre aliança com Raquel Lyra.


    
    O Movimento Levanta Pernambuco, de iniciativa do PSDB, PL, PSC e Cidadania, chegará ao Sertão pernambucano nesta sexta (3). As lideranças políticas do movimento pretendem ouvir as demandas da população de cada região e promover debates sobre a realidade das comunidades, a fim de construir estratégias de desenvolvimento.

    A programação passará pelas cidades de Salgueiro, Floresta e Arcoverde, e será coordenada pela presidente do PSDB e prefeita de Caruaru, Raquel Lyra, e pelo presidente do PL e prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira.

    Participaram da reunião de alinhamento o deputado federal e presidente do PSC, André Ferreira; o deputado federal e presidente do Cidadania, Daniel Coelho, as deputadas Priscila Krause e Alessandra Vieira; o vereador do Recife, Fred Ferreira, e os ex-prefeitos Edson Vieira (Santa Cruz do Capibaribe) e Joãozinho Tenório (São Joaquim do Monte).

    O Levanta Pernambuco, lançado no Recife no dia 28 de outubro, já esteve nas cidades de Catende, Vicência, Santa Cruz do Capibaribe e Bonito.

No PSB, federação avança. Deputados defendem mecanismo e pedem pressa.


    Na manhã de ontem, a bancada federal do PSB formalizou, ao presidente nacional da sigla, Carlos Siqueira, posição favorável à federação, chamada de "ampla", de partidos de esquerda. Como a coluna cantara a pedra, esse já era o sentimento majoritário do conjunto, mas ainda não havia sido externado.

    A posição se deu praticamente por unanimidade. Dos 25 parlamentares presentes, 24 defenderam o mecanismo, que nasceu como tábua de salvação do PCdoB, mas, agora, parece arrastar a simpatia, ao menos, de socialistas e petistas. O único deputado socialista a se posicionar contra foi Heitor José Schuch (RS).

    Os outros 24 defenderam que partido deveria avaliar, sim, o indicativo da bancada de que o melhor caminho do ponto de vista de aliança para composição das chapas proporcionais é o PSB intregrar uma federação com os partidos da esquerda junto com PT e PCdoB. As conversas também se dão com o PSOL, mas não há definição.

    Como a coluna antecipara na última sexta, não só o PSB, mas o PT também já havia planejado encontro sobre o mesmo tema para essa semana. Só que em formato virtual, diferente do presencial adotado pelos socialistas. Mas ambos programados para ontem. No caso do PSB, há ainda uma preocupação do ponto de vista cronológico.

    Em outras palavras, os deputados não só querem a federação, como têm pressa em acelerar o processo. Levando em conta a construção proporcional, eles veem necessidade de precipitar isso com base em deliberação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que prevê definição até março.

    Na prática, os parlamentares foram à ponta do lápis: terão 120 dias, a contar de ontem, para avançar e formalizar esse entendimento. Considera-se que isso vai exigir, além da constituição de um estatuto comum responsável por orientar as relações dos partidos que poderão compor, mas ainda uma validação partido a partido e isso exige tempo. De toda forma, as pedras têm sido movidas de forma sincronizada entre PT e PSB.

Café da manhã > Na manhã de ontem, antes da reunião do PSB para debater federação, houve um encontro prévio na casa do deputado Henrique Fontana sobre o mesmo tema. Por lá, nomes como Renildo Calheiros, Jandira Feghali e o líder do PT, Bohn Gass. É esse núcleo que tem articulado o avanço na federação.

Alepe coloca em pauta o Legislativo na vida cotidiana dos cidadãos.




     A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) realiza nesta quinta-feira (02), às 15h, o seminário “A importância do Legislativo na vida das pessoas”. O objetivo do evento é apresentar as iniciativas desenvolvidas em prol do cidadão e promover a aproximação dos legislativos municipais, além da troca de experiências. O encontro é direcionado aos presidentes das câmaras municipais.
    
    O governador Paulo Câmara será um dos palestrantes do seminário. Também conduzirão a conversa outros chefes de poderes e de instituições públicas do Estado: o desembargador Fernando Cerqueira (presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco), Dirceu Rodolfo (presidente do Tribunal de Contas do Estado), Paulo Augusto Oliveira (Procurador-Geral de Justiça do Ministério Público) e José Fabricio (Defensor Público-Geral). Cada um destacará o papel do Parlamento do ponto de vista da função que ocupa.

    Também com o intuito de ressaltar o aspecto prático do Legislativo, o coordenador do curso de Ciência Política da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), professor Adriano Oliveira, apresentará uma fala sobre “a função do vereador e os múltiplos papéis que um parlamentar desempenha em favor da população”.

    A iniciativa do encontro foi vencedora do prêmio “Assembleia Cidadã”, na categoria Projetos Especiais, promovido pela União dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale).

    O deputado Eriberto Medeiros, presidente da Assembleia Legislativa, aposta no seminário como uma grande oportunidade de aproximação dos vereadores com os demais poderes e instituições pernambucanas. "Nosso objetivo é ampliar os horizontes das câmaras municipais, buscando valorizar o papel dos vereadores como representantes da população", conclui Eriberto.

Tradição natalina

    Na ocasião do seminário, a Alepe promoverá a tradicional Cantata Natalina com a apresentação da Orquestra Cidadã do Coque. Haverá ainda a inauguração da iluminação de Natal do Palácio Joaquim Nabuco.

Política da ignorância: completando 123 anos de Brecht, o “analfabeto político” continua a existir.


    Esse ano, o poeta e dramaturgo alemão, Bertolt Brecht, se estivesse vivo, completaria 123 anos. Mais de um século depois, seu poema “Analfabeto Político” continua fazendo sentido. “O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia política”.

Em 1898 nascia, na Alemanha, aquele que seria um dos maiores poetas e dramaturgos do século XX: Bertolt Brecht. Sempre com uma objetiva e ácida crítica política, aliado ao marxismo e ao anarquismo, Brecht expôs em suas peças e poemas problemas que continuam atuais, mesmo quase um século depois.

“O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.”

Bertolt Brecht

O conceito dado para “analfabeto político” no pequeno texto do dramaturgo e poeta alemão Bertolt Brecht, estabelecendo uma relação entre esse e a árdua defesa que Sócrates, filósofo grego, faz acerca do conhecimento; ou seja, para Sócrates, que concebia seu método como “maiêutico” (arte de fazer o parto), que postulava “parir ideias”, a tarefa do filósofo seria a de fazer com que o outro indivíduo através da discussão no diálogo, da dialética, pudesse dar luz às “próprias ideias”. 

O pragmático texto do dramaturgo e poeta alemão, Bertold Brecht, mostra-nos que não buscar conexão intelectual com a política é algo execrável, uma vez que dessa tudo depende. A política é, a priori, uma ferramenta de conciliação entre nações e um mecanismo que busca o bem do povo. Contudo, a posteriori, o tempo vislumbrou que essa é usada para a guerra e para bem próprio de quem governa. Torna-se nítido, pois, a necessidade de se manter ativo dentro do sistema político para, então, lutar pelos interesses da camada popular e dos cidadãos no geral. Ao se desvirtuar desse âmbito, prejudicamos não só a nós mesmos, mas toda a sociedade. O homem é um animal político por natureza, como evidenciou Aristóteles.

Com isso em mente, buscar o conhecimento, por meio do diálogo – defendido por Sócrates, pela fiscalização constante dos meios de notícias locais e internacionais, e pelo estudo teórico, é essencial para a vida em sociedade, pois “conhecer é em si só um poder”, assim postulou Francis Bacon.

No entanto, existem pessoas as quais não possuem legítimo acesso aos recursos intelectuais que possibilitem uma melhor compreensão teórica e, por isso, possuem precárias noções de política e, portanto, não conseguem estabelecer diálogos racionais produtivos. Essa condição, de modo infeliz, é notável no cenário brasileiro, o qual apresenta uma vasta desigualdade social, situação amplamente divulgada e pesquisada pelo recente relatório da Oxfam, no qual foi comprovado por métodos sociológicos, que seis brasileiros têm a mesma riqueza que os cem milhões mais pobres. Assim, ao deter poderio monetário, acaba-se por deter um acesso maior ao conteúdo intelectual e, por conseguinte, na linha de raciocínio de Bacon, um poder generalizado, sendo evidente o motivo pelo qual o pobre é, de modo indireto, escravizado no contexto atual.

Vislumbra-se, pois, dois cenários com relação ao termo de “analfabeto político”, aqueles que mesmo conseguindo um acesso intelectual o negligenciam e não buscam o diálogo pleno, e outros que não possuem esse acesso e, por esse motivo, não detêm a mesma vontade de praticar a política e não possuem frutos para um diálogo sincero. Convenhamos que quem trabalha e mora em situações extremamente precárias não costuma possuir uma vontade de se inserir na política ou de dialogar de modo eficaz, mesmo por que não possuirá tempo para isso – o capitalismo não a concede isso. É nesse sentido que busco evidenciar que a categorização e a generalização da noção de analfabeto político feita por Brecht são em si só ignorantes por não levarem em conta particularidades, se mostrando, então, tangentes às ideais de generalizações do evolucionismo antropológico. É posto a beira do precipício a noção aristotélica do homem como animal político, por esse, às vezes, não possuir vontade, disposição, tempo ou capacidade de se inserir nesse contexto de diálogos e formulações de conhecimentos novos em torno da política.

Ainda, é importante trazer para essa discussão a perspectiva de Descartes apresentada em sua primeira meditação, a qual foi relevante para a relativização da realidade. Nesse texto, ele discorre, entre outras coisas, que as opiniões costumeiras ocupam, de modo constante, a credulidade dos homens, e que essas são submetidas quase contra a vontade por um “demorado trato e um direito de familiaridade”. Sendo, portanto, “muito mais consentâneo com a razão nelas acreditar do que negá-las”. É nesse caminho que se torna viável a argumentação de que os homens, por força do hábito, internalizam certos preconceitos e conceitos, e ao levá-los para um diálogo, os dogmatiza, fato que acaba por inviabilizar o ato de parir ideias, pois esses não estão dispostos de negar essas opiniões por meio da racionalidade. E, ademais, não buscam uma mudança desses preceitos dogmatizados ao decorrer do tempo por ser muito mais fácil aceitá-los do que contestá-los. Isso, com toda certeza, prejudica o processo de conhecimento.

Portanto, é nítido a necessidade de participação na política e o conhecimento, a fim de lutarmos por nossos direitos, mas o capitalismo é perverso. Ao retirar os privilégios sociais – acesso à matérias intelectuais, etc. – os pobres permanecem encarcerados espiritualmente, pelo motivo de não possuírem, em grande maioria das vezes, apoio intelectual para participar de modo eficaz na política, assim, não conseguem lutar por seus direitos, mantendo-se reféns do sistema. Essa é a perversidade do capitalismo. Ademais, existe uma outra face da ignorância política, a voluntária, esses que mesmo tendo acesso a materiais intelectuais e sabendo da essencialidade do diálogo e da participação societária, ignoram-na. Não buscam o processo de autocrítica de suas convicções, muito menos diálogos produtivos, o que rende o ódio. Desse modo, enquanto o método de análise conceitual de Sócrates, a argumentação lógica e os diversos outros métodos de conhecimento existentes são desprezados – seja voluntariamente ou involuntariamente – e os discursos de ódios valorizados por uma parcela da sociedade, novas vítimas do sistema social serão formadas, pois tudo provêm de decisões políticas.

Eleições 2022: Ex-juiz, Sérgio Moro, começa peregrinação no Nordeste, com agenda extensa para estrear no ‘território inimigo’.



    O ex-juiz Sergio Moro, agora pré-candidato a presidente da República em 2022, já tem data para estrear em sua peregrinação eleitoral na região onde tem a pior aceitação no país: o Nordeste.

    A pretexto de promover o lançamento do seu livro Contra o Sistema da Corrupção, ele desembarca em Recife no próximo domingo, dia 5, onde fará uma noite de autógrafos no Teatro RioMar, no Shopping RioMar. Depois, o ministro é esperado em janeiro na Bahia e no Ceará, aí já com eventos agendados pelo Podemos, o partido que banca a sua candidatura.

    Talvez não por isso, mas Moro decidiu iniciar a sua maratona de viagens por onde sabe que será mais bem recebido: nesta quinta-feira, 2, estará em Curitiba, para lançar o seu livro. No sábado, 4, vai vai ao Rio Grande do Sul participar da convenção local do Podemos.

    Vale lembrar, que Moro, na última pesquisa já passou dos 13%, e vem crescendo nas intenções de voto, e começa a preocupar os Bolsonaristas e Lulistas.




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