Economia: Responsabilidade fiscal como política de Estado e não de governo.


        É fundamental e importante se manter o teto de gastos orçamentários e seguir as leis que falam sobre o endividamento da União. O governo, como qualquer empresa ou família, tem receitas e despesas. E, tal como famílias e empresas, adquire a reputação de bom ou de mau pagador. E, assim como as famílias, paga juros maiores ou menores de acordo com a sua reputação. Contudo, diferentemente de famílias e empresas, governos têm uma opção: imprimir dinheiro. Esta política é muito nociva para a economia, já que causa um alívio de curto prazo, mas dá vida a um monstro que corrói as economias e o emprego das pessoas de mais baixa renda: a inflação.

Conhecendo o processo, é importante que o País construa barreiras institucionais contra governos que tenham tendência a gastar mais do que deveriam, pois o fato de conseguirem algum resultado de curto prazo, em detrimento do longo, pode compelir governos populistas a gastar mais agora e deixar a conta para futuros governantes.

Uma série de instituições foi criada para tornar a responsabilidade fiscal uma política de Estado, e não de governo. Elas nos protegem da irresponsabilidade governamental sem visão de longo prazo, por isso, são essenciais para o desenvolvimento econômico sustentável.

A primeira e mais importante foi a aprovação da LRF. Mesmo após o Plano Real, governos, apoiados em juros altos e inflação ainda em queda, voltaram a utilizar o mesmo subterfúgio de conseguir recursos via inflação. Para conter a sangria, o Congresso aprovou proposta do governo federal que estabelecia padrões para a gestão de recursos e limites aos gastos públicos em todas as esferas de governo. Quem deu esses limites para o processo foi a Lei Complementar 101/2000, a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que, além de impor barreiras na gastança, obriga os administradores a divulgar relatórios periódicos.

A lei trouxe algumas novidades importantes para o processo de incumbência dos gastos, dentre as quais uma das mais fundamentais é a fixação de limites para os custos com pessoal. No governo federal, o limite máximo para estas despesas é de 50% da receita corrente líquida. Para Estados e municípios, há um limite de 60%. Se o dispêndio chegar a 95% desses limites, a LRF bloqueava novos gastos com este fim.

Outro fator importante é que a lei fixa limiares para o endividamento de União, Estados e municípios, além de obrigar os governantes a definir metas fiscais anuais e a indicar a fonte de receita para cada despesa permanente que propuserem. A partir da LRF, prefeitos e governadores foram impedidos de criar uma despesa por prazo superior a dois anos sem indicar a origem do dinheiro.

Em 2016, após o impeachment da presidente Dilma Rousseff, justamente por tentar ludibriar a referida lei, o governo de Michel Temer propôs algo mais rígido que apenas a LRF. A PEC 241, aprovada no dia 13 de dezembro do mesmo ano, estabeleceu um teto de gastos públicos para o Brasil, que passou a vigorar em 2017.

Pela PEC, o governo federal fica impedido de criar um orçamento para a União maior, em termos reais, do que o do ano anterior – apenas corrigir os valores de acordo com a inflação. Alguns gastos até podem crescer mais do que a inflação, desde que ocorra cortes reais em outras áreas. Isso implica que, na prática, as despesas do governo não têm crescimento real por 20 anos a partir de 2017. Esse limite pode ser revisto em dez anos.

Estas novas leis têm um efeito imediato na economia. Ao organizar os custos federais, os agentes econômicos, automaticamente, passam a confiar mais na capacidade de pagamento do governo, aumentando o investimento na economia e baixando a taxa de juros necessária para conter o processo inflacionário.

Qualquer atentado contra essas leis terá um resultado óbvio: aumento de taxas de juros, diminuição de investimento e diminuição do emprego e da renda no longo prazo. Esta é a única coisa que a boa ciência econômica pode falar sobre a atual polêmica. E esperamos que as autoridades a respeitem.



E você brigando!!! Interesses corporativos unem PT e bolsonaristas no Congresso.



    A votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que aumenta o poder do Congresso sobre o Conselho Nacional do Ministério Público(CNMP), na semana passada, contou na Câmara com uma inusitada união entre o PT, maior partido da oposição, e aliados do presidente.

    Não foi a primeira vez que os adversários se juntaram para apoiar medidas que beneficiam políticos e enfraquecem órgãos de controle. 

Os petistas se alinharam ao líder do governo em uma a cada dez votações nominais, desde 2019. Houve um casamento de interesses, por exemplo, no projeto que afrouxou a Lei de Improbidade Administrativa, sancionado nesta semana por Bolsonaro.

Carlos Zarattini Ricardo Barros (Progressistas-PR), nome do Centrão. Os 52 deputados do PT foram a favor da medida, que dificulta a punição de políticos ao exigir a comprovação de “dolo específico”, ou seja, a intenção de cometer irregularidade.

“Todos estão olhando para o próprio umbigo e as bases eleitorais exigem recursos. Não há preocupação com a transparência”, disse o analista do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), Neuriberg Dias.

Nos últimos anos, o Congresso aumentou as emendas parlamentares e passou a destinar recursos diretamente para Estados e municípios. Trata-se das chamadas “emendas cheque em branco”. O modelo foi criado a partir de uma PEC da presidente do PT, deputada (PR), mas encontrou maior adesão na base do governo. Em 2021, sete em cada dez deputados que usaram essas emendas votaram com o governo em 70% das ocasiões. A bancada petista votou em peso para aprovar a medida, que, além de reduzir impostos de empresas, cria uma cobrança sobre lucros e dividendos.

    Pautas comuns - Emendas Petistas e governistas votaram juntos no projeto que determinou a execução obrigatória de emendas parlamentares de bancada, ampliando o poder de deputados e senadores sobre o Orçamento.Improbidade administrativa

    Também se alinharam na análise do projeto que afrouxou a Lei de Improbidade Administrativa, dificultando a punição a políticos.Coligações A proposta que previa a volta das coligações nas eleições para o Legislativo, prática proibida com o intuito de reduzir o número de legendas no País, uniu petistas e parlamentares governistas.

    Código Eleitoral - O novo Código Eleitoral, que prevê regras mais brandas para o uso de recursos públicos por partidos, reduz a fiscalização e tira poderes da Justiça Eleitoral, teve apoio tanto do PT quanto de parlamentares bolsonaristas.

    Ministério Público - Os adversários votaram juntos na proposta que mudava a composição do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e aumentava a influência do Congresso no órgão, responsável por fiscalizar a atuação de procuradores.

    Propaganda - Projeto que retoma a propaganda gratuita de partidos políticos no rádio e na TV, suspensa em 2017 após a aprovação do Fundo Eleitoral, obteve votos de petistas e de parlamentares governistas.

Sérgio Moro terá conversa política com caciques de dois partidos em São Paulo.


    Quando retornar ao Brasil na próxima semana, Sergio Moro terá logo de cara, em São Paulo, um jantar com os deputados Junior Bozzella, da cúpula do União Brasil, e Renata Abreu, presidente nacional do Podemos. Moro vai se filiar ao Podemos no próximo dia 10. O partido já começou a montar a equipe de campanha de Moro.

    Bozzella, aliado do ex-juiz, já conversou com Moro, por telefone, sobre um potencial apoio na corrida presidencial de 2022. O papo agora será olho no olho.

Coluna do domingo | Raquel Lyra e Anderson Ferreira consolidam montagem do segundo palanque da oposição.


    Após o prefeito Miguel Coelho dar o pontapé inicial à sua pré-candidatura a governador com uma série de agendas, os prefeitos Anderson Ferreira e Raquel Lyra fizeram o movimento de confirmar que vão renunciar aos mandatos no próximo ano para entrar na disputa eleitoral. A informação de Raquel veio através do deputado Daniel Coelho.

    Esse movimento confirma a fragmentação da Oposição em dois palanques, sendo um comandado por Miguel e o outro, muito provavelmente, por Raquel. Mas existe ainda o fator nacional: se Bolsonaro decidir se filiar ao PL, Anderson ganha fôlego para encabeçar a chapa. Raquel também terá que abrir palanque para o vencedor das prévias: João Doria ou Eduardo Leite.

    Por fim, para quem duvidava de que a renúncia seria para apenas um dos gestores, até o momento os três principais nomes da oposição estão dispostos a renunciar.

PÉ NA ESTRADA 

    Na próxima semana, Raquel e Anderson farão uma reunião para fecharem os detalhes das agendas do grupo pelo Interior. O Agreste, reduto de Raquel, deverá ser o ponto de partida.

“Raquel é o melhor nome da oposição para governadora”, afirma Dona Graça, prefeita de Catende.



A prefeita de Catende, dona Graça, falou sobre o cenário para a eleição de governador em 2022.

A gestora afirmou que existe um sentimento muito forte no Agreste em torno do nome da prefeita de Caruaru, Raquel Lyra: “Caruaru é inspiração para todos nós prefeitos. Muitos estão querendo que Raquel repita em Pernambuco o que está fazendo em sua cidade”, assegura.

Outro ponto abordado por dona Graça, é a força das mulheres na eleição.

“O eleitorado têm se identificado bastante com as candidaturas de mulheres. A candidatura de Raquel atenderia esse desejo da população”, argumenta.

Falou também sobre a pesquisa realizada pelo Instituto Opinião, divulgada pelo Blog do Magno, em que a prefeita de Caruaru aparece liderando a disputa num dos cenários, dona Graça comentou: “Raquel é o melhor nome da oposição para governadora”, finaliza.

CASSAÇÃO: TSE cassa deputado acusado de divulgar Fake News.


    O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu, há pouco, cassar o mandato do deputado estadual do Paraná Fernando Francischini (PSL) por propagação de informações falsas sobre a urna eletrônica e o sistema de votação durante as eleições de 2018.

    Essa foi a primeira vez que o tribunal tomou decisão relacionada a político que fez ataque às urnas eletrônicas.

    O TSE considerou que a conduta de propagar desinformação pode configurar uso indevido dos meios de comunicação e abuso de poder político.

    O delegado Francischini (PSL) teve a maior votação da história do Paraná para deputado estadual em 2018, com 427.749 votos, ou seja, 7,5% do total, segundo dados do TSE.

    Pela decisão, além de perder o mandato, o deputado fica inelegível por oito anos.

Eleições 2022: "Oposição dá sinal de vitalidade", diz Armando Monteiro.

    O ex-senador Armando Monteiro (PSDB) considera que o conjunto das oposições no Estado dá um claro sinal de vitalidade ao lançar o movimento "Levanta Pernambuco", onde reuniu essa semana lideranças de quatro partidos: PSDB, PL, PSC e Cidadania.

    “Estamos no momento certo. É um movimento importante, saudável e oportuno. Lideranças representadas pela prefeita Raquel Lyra (PSDB), de Caruaru, e pelo prefeito Anderson Ferreira (PL), de Jaboatão, onde foi discutido questões temáticas. As oposições estão dando sinal de vitalidade, com lideranças novas e dispostas a oferecer a Pernambuco novos caminhos”, avalia Armando.

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Caruaru, Recife e Palmares em xeque. “Para o mesmo cargo da Mesa Diretora só é permitido, no máximo, dois mandatos consecutivos”, diz advogado eleitoral.

        O advogado eleitoral, Dr. Emílio Duarte, em entrevista ao programa "Cidade em Foco" da Rede Pernambuco de Rádios (RPR), ap...