O presidente nacional do PSDB voltou a tratar de um tema sobre uma possível unidade já no primeiro turno entre os pré-candidatos Miguel Coelho (União Brasil) e Raquel Lyra (PSDB). Bruno Araújo fez questão de frisar que a prioridade no PSDB no entanto é que Raquel encabece a cabeça de chapa. A questão ainda não foi fechada porque o ex-prefeito petrolinense tem apenas 31 anos e a vaga do Senado, oferecida a Miguel para a indicação de alguém do seu grupo, não pode ser ocupada por ele tendo em vista que para disputar o Senado é necessário ter 35 anos na data da posse. Nos bastidores, acredita-se que caso Miguel tivesse a idade para disputar o Senado ele já teria aceitado o acordo e os dois já estariam fazendo campanha juntos.
O cenário mais provável para Miguel permanecer em uma chapa com Raquel Lyra é ele aceitar ser o candidato a vice-governador. O petrolinense rejeita, e tem suas razões: ele deixou o comando de uma cidade como Petrolina para disputar um cargo majoritário (o de governador, no caso) e dificilmente Raquel Lyra ou Anderson Ferreira teriam renunciado as prefeituras de Caruaru e Jaboatão para serem vice. A vaga de vice em uma chapa tem uma importância enorme, mas para quem está comandando uma cidade grande não faz muito sentido.
Já a ideia de Miguel Coelho é que Raquel Lyra seja a sua Senadora. Raquel não demonstra vontade para aceitar disputar o cargo, embora quando tenha seu nome colocado na disputa ela passa a liderar as intenções de votos em todas as pesquisas mesmo aquelas que tenham Teresa Leitão (PT), André de Paula (PSD), Gilson Machado (PL) e Eugênia Lima (PSOL). Sem Raquel, existe praticamente um empate técnico entre André de Paula e Teresa Leitão, sendo que ainda tem muito chão e um cenário favorável para ambos, e ainda com Gilson Machado que é prioridade do presidente Bolsonaro no estado.
Bruno Araújo falou sobre a possibilidade de união entre Raquel Lyra e Miguel Coelho: “A gente prega pela unidade e pela construção. A política respeita o seu tempo e a forma natural com que se der a condução, mas nós temos certeza que ela tem tudo para construir e liderar um caminho que vai fazer bem para todo o estado de Pernambuco”.
Com a chegada do mês de julho o que se espera é uma definição de Miguel e Raquel (seja por uma unidade de ambos já no primeiro turno ou seja pela montagem de palanques individuais). Em meados de julho se inicia o período das convenções partidárias e ali quem se juntar, se juntou e quem não se juntar passa a ser oficialmente concorrente.
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