Cidades governadas por mulheres, tiveram desempenho melhor do que aquelas sob o cuidado de homens durante a pandemia, aponta estudo.



    Já se sabe que lideranças políticas têm impacto crucial nos resultados sociais e econômicos da determinada população sob seu governo. Com isso em mente, quem você colocaria no comando da administração pública municipal de sua cidade para enfrentar o desafio de uma grave crise global: um homem ou uma mulher?

      O professor da Faculdade de Economia e Administração (FEA) da USP, o economista Luiz Melonidiz diz sem titubear: "Uma mulher, com certeza. A literatura científica já apontou que, na média, elas são melhores que os homens em muitas dimensões da vida pública."

    Ele cita estudos que indicam associação entre lideranças políticas mulheres e melhoria na provisão de bens públicos ligados a saúde e educação, além de uma menor propensão à prática de atos de corrupção. Não é pouca coisa.

    Mas foi uma pesquisa recente que sacramentou sua posição. O estudo investigou a performance de lideranças mulheres durante a crise da Covid-19 e apontou que cidades que elegeram prefeitas mulheres tiveram desempenho melhor na contenção da primeira onda da pandemia do que aquelas que elegeram homens.

    O estudo mostrou que, se você escolher uma mulher como liderança política, tem uma chance maior de ter uma boa gestão de crise no seu município.

    Lembrando que não é qualquer mulher, é preciso eleger aquela que já geriu alguma coisa, já foi prefeita de uma cidade, já chegou a ter algum cargo expressivo, pois gerir uma cidade ou um estado não é tarefa fácil, é preciso ter responsabilidade e experiência.

     Em um estado que bateu a marcas absurdas de mortes provocadas pelo novo coronavírus, os municípios comandados por mulheres tiveram, em média, significativa redução do número de mortes e de hospitalizações quando comparadas aos governados por homens.

    Prefeituras sob liderança feminina também adotaram, em média, mais das chamadas intervenções não farmacêuticas, tais como uso obrigatório de máscaras, fechamento de serviços não essenciais, limites em aglomerações, redução de transporte público e adoção de cordões sanitários, que limitam a entrada e saída de pessoas nas cidades.

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