O momento da política nesta janela de mudanças partidárias passa pela formação das chapas dos proporcionais. Na semana passada, quem acompanha a política local afirmava que, depois do PSB e o PT, o PSDB de Raquel Lyra e o Cidadania haviam fechado a chapa de 25 nomes, ficando em uma situação mais confortável.
"Na formação de chapas, só o PSB e o PT estavam fechados. Com a federação, o PSDB e o Cidadania também conseguiram fechar a chapa. De quebra, Raquel Lyra ainda resolve a vida de Daniel Coelho. A federação salvou (vai ajudar a busca da reeleição)".
A conta é assim: com 180 mil votos, elege-se um deputado federal. Com 300 mil votos, dois deputado federais. Dai os partidos buscarem arregimentar o maior número de candidatos competitivos, de modo a ultrapassar o coeficiente eleitoral.
Nesta busca, há trocas, traições e muito canibalismo.
Há duas semanas, por exemplo, o candidato Miguel Coelho anunciou que havia obtido o apoio do grupo do prefeito Edson Vieira e Alessandra Vieira, de Santa Cruz do Capibaribe. Eles saíram do PSDB de Raquel Lyra e foram para o lado de Miguel, no Podemos.
Como resposta, Raquel Lyra foi atrás do segundo colocado nas eleições de Santa Cruz e o filiou um adversário dos vieira. "Alan, o segundo colocado, perdeu apenas para o PSB. Edson Vieira havia sido o terceiro colocado na votação", diz um aliado de Raquel. "Podemos ter algumas defecções, podemos, mas vamos ter várias entradas. Temos fechadas as duas chapas, ambas consistentes".
Nesse jogo, existe um dito de Leonel Brizola que diz: "A política ama a traição e odeia o traidor." Vamos aguardar até o fechamento da janela partidária quem mais vai se revelar o "Judas" das eleições deste ano.
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