Escolha por marqueteiro inexperiente preocupa aliados de Bolsonaro.



    O pleito de 2022, além da corrida pelas filiações, federações e articulações, também desperta o interesse por profissionais do marketing político. Os chamados “marqueteiros” no jargão popular. Entretanto, os aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) não estão muito contentes, já que o mandatário preferiu Duda Lima, sem experiência em campanhas nacionais.

    O profissional comandou a campanha do deputado federal Celso Russomano (Republicanos) à prefeitura de São Paulo, em 2016. Naquele ano, Russomanno chegou a liderar as pesquisas de intenção de voto, mas terminou em terceiro. O eleito à Prefeitura foi o tucano e atual governador João Doria.

    Agora com tempo de TV, aliados alertam o presidente e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) que a campanha precisa ser profissional e com um marqueteiro que entenda como fazer um bom horário político (ele terá mais de cinco minutos diários). Vale destacar que agora Bolsonaro integra um partido mais robusto, o PL, e não um ex-nanico, sua antiga legenda, o PSL - que ganhou corpo com sua eleição.

    Por exemplo, a escolha é avessa a do presidenciável Ciro Gomes (PDT), que optou pelo experiente João Santana, que comandou diretamente dez campanhas presidenciais. Duhalde (Argentina, em 1999), Lula (em 2006), Maurício Funes (El Salvador, em 2009), Dilma (em 2010), Danilo Medina (República Dominicana, em 2012), Hugo Chávez (Venezuela, em 2012), Jose Eduardo (Angola, em 2012), Jose Domingos Árias (Panamá, em 2014), Dilma (em 2014) e Danilo Medina (República Dominicana, em 2016) – oito vitórias em sete países.

    O ex-presidente Lula (PT) também escolheu um marqueteiro com currículo vasto, Augusto Fonseca - ele trabalhou nas campanhas de Fernando Henrique Cardoso (em 1994) e ao lado de Duda Mendonça na campanha de Lula (em 2002). Também esteve nas campanhas de Aécio Neves (em 2014) e de Ciro Gomes (em 2018).

    O ex-juiz e ex-ministro da Justiça Sergio Moro (Podemos) escolheu o marqueteiro argentino Pablo Nobel. Ele não tem experiência em eleições brasileiras, o que pode prejudicar o ex-juiz que também é inexperiente em campanhas eleitorais. Nobel participou das campanhas de Alberto Fernández (em 2018) e de Mauricio Macri ( em 2015).

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