O presidente nacional do União Brasil e deputado federal por Pernambuco, Luciano Bivar, estará se reunindo com o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, esta semana para uma conversa política, tendo por objetivo, atrair o possível vice de Lula para o partido. Caso o movimento se concretize, e Alckmin seja oficializado na chapa com o petista, estará selada uma aliança entre os dois maiores partidos do país, com mais tempo de televisão e bancada federal.
O encontro estaria sendo articulado pelo também ex-governador de São Paulo, Márcio França (PSB), que enxerga na ida de Alckmin para o União Brasil uma moeda de troca junto ao PT. França quer juntar de vez Lula e Alckmin, de modo que o seu PSB seja incluso na equação. Em troca, pela lógica de França, PT e União apoiariam os candidatos socialistas em São Paulo, ele próprio, e em Pernambuco, ainda a se definir.
Neste contexto, ganharia Bivar, que emplacaria o candidato a vice de Lula; ganharia Márcio França, que teria nesta articulação uma moeda de troca para tirar Fernando Haddad do páreo na disputa pelo Governo do Estado e deslocá-lo para uma candidatura ao Senado em sua chapa; e ganharia o PT em nível nacional, que agregaria à sua aliança o partido com o maior tempo de televisão.
Mas essa potencial super aliança teria reflexos em todo o país. Em Pernambuco, por exemplo, existem dois cenários: Em um deles deles a candidatura de Miguel Coelho, filho do senador Fernando Bezerra Coelho, ex-líder de Bolsonaro, seria mantida, mas agora com uma imagem suavizada à esquerda já que o seu partido faria base da ampla coalizão de apoio a Lula; ou poderia ser lhe negada a legenda para que o União Brasil integre a Frente Popular, conjunto de forças que compõem a base do PSB no estado.
Na prática a segunda opção não é difícil de acontecer já que, apesar de Miguel, Bivar segue mantendo um pé no Governo do Pernambuco com a indicação de um aliado no Porto do Recife. Caso essa articulação com Geraldo Alckmin prospere, o União Brasil pode, inclusive, emplacar um espaço na chapa majoritária encabeçada pelo PSB em Pernambuco.
Será que as lideranças do DEM vão aceitar essa empreitada??? Como ficariam nesse processo??? Ora, o principal expoente do partido, o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, pode ganhar muito se sua nova legenda aliar-se ao lulismo. De cara, Neto pode conseguir que Lula não vá à Bahia pedir votos para o senador Jaques Wagner, que disputará contra ele o governo baiano em outubro. E essa mesma lógica de construção conjunta será refletida nos estados.
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