Na manhã de ontem, a bancada federal do PSB formalizou, ao presidente nacional da sigla, Carlos Siqueira, posição favorável à federação, chamada de "ampla", de partidos de esquerda. Como a coluna cantara a pedra, esse já era o sentimento majoritário do conjunto, mas ainda não havia sido externado.
A posição se deu praticamente por unanimidade. Dos 25 parlamentares presentes, 24 defenderam o mecanismo, que nasceu como tábua de salvação do PCdoB, mas, agora, parece arrastar a simpatia, ao menos, de socialistas e petistas. O único deputado socialista a se posicionar contra foi Heitor José Schuch (RS).
Os outros 24 defenderam que partido deveria avaliar, sim, o indicativo da bancada de que o melhor caminho do ponto de vista de aliança para composição das chapas proporcionais é o PSB intregrar uma federação com os partidos da esquerda junto com PT e PCdoB. As conversas também se dão com o PSOL, mas não há definição.
Como a coluna antecipara na última sexta, não só o PSB, mas o PT também já havia planejado encontro sobre o mesmo tema para essa semana. Só que em formato virtual, diferente do presencial adotado pelos socialistas. Mas ambos programados para ontem. No caso do PSB, há ainda uma preocupação do ponto de vista cronológico.
Em outras palavras, os deputados não só querem a federação, como têm pressa em acelerar o processo. Levando em conta a construção proporcional, eles veem necessidade de precipitar isso com base em deliberação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que prevê definição até março.
Na prática, os parlamentares foram à ponta do lápis: terão 120 dias, a contar de ontem, para avançar e formalizar esse entendimento. Considera-se que isso vai exigir, além da constituição de um estatuto comum responsável por orientar as relações dos partidos que poderão compor, mas ainda uma validação partido a partido e isso exige tempo. De toda forma, as pedras têm sido movidas de forma sincronizada entre PT e PSB.
Café da manhã > Na manhã de ontem, antes da reunião do PSB para debater federação, houve um encontro prévio na casa do deputado Henrique Fontana sobre o mesmo tema. Por lá, nomes como Renildo Calheiros, Jandira Feghali e o líder do PT, Bohn Gass. É esse núcleo que tem articulado o avanço na federação.
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